Por mais que me embriague esta fera ardendo em você,
O seu silêncio à espreita dá sono
E da sua desconfiança pelo limite desdenho.
Peça pra sair daí,
Dessa gruta desalumiada,
Peça ajuda!
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Brasileiro
O meu dialeto bandoleiro,
Preso a um contrato comercial entre idosos gananciosos,
Não tem o nome da sua terra,
Presta-se à alcunha dos seus ladrões.
Preso a um contrato comercial entre idosos gananciosos,
Não tem o nome da sua terra,
Presta-se à alcunha dos seus ladrões.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
O Atributos da Mulata
Adjetivamos substantivos com valores de feitos divinos
E em seguida oprimimos quem os usa mesmo sem outra opção de uso
Por mera compreensão obtusa e apressada,
Mas a opressão está em não ter a cara a tapa,
Somente a proteção da honra de 120 por 120 pixels.
E em seguida oprimimos quem os usa mesmo sem outra opção de uso
Por mera compreensão obtusa e apressada,
Mas a opressão está em não ter a cara a tapa,
Somente a proteção da honra de 120 por 120 pixels.
Da Experiência no Universo Linear
Como determinar a transformação à experiência em um ambiente virtual, onde o indivíduo sofre um aporte da sua identidade física para um personagem amplo às pré-configurações de expressão e limitado às percepções visuais e sonoras da arquitetura restrita de programação da tecnologia disponível atualmente, se a mudança compartilhada à sociedade pertinente à sua busca se baseia apenas ao próprio ambiente virtual?
Esqueçamos a tecnologia sandbox e adentremos nas possibilidades da tecnologia linear baseada no cliente múltiplo massivo, onde o indivíduo seleciona uma gama finita de possibilidades para compor o seu personagem, a sua chave de conexão com o universo regulado como um parque temático onde a experiência determina quão importante o mesmo é numa meritocracia de feitos ordinais, e, amparados na progressiva adesão de usuários nesta arquitetura há tempos popular em todo o mundo, podemos afirmar relativamente que a experiência programada e segura é facilmente aceita por grande parcela demográfica que, mediante um universo real que é engessado em regras de comportamento, surge como fuga à aleatoriedade mordaz na vida do ente social.
Esqueçamos a tecnologia sandbox e adentremos nas possibilidades da tecnologia linear baseada no cliente múltiplo massivo, onde o indivíduo seleciona uma gama finita de possibilidades para compor o seu personagem, a sua chave de conexão com o universo regulado como um parque temático onde a experiência determina quão importante o mesmo é numa meritocracia de feitos ordinais, e, amparados na progressiva adesão de usuários nesta arquitetura há tempos popular em todo o mundo, podemos afirmar relativamente que a experiência programada e segura é facilmente aceita por grande parcela demográfica que, mediante um universo real que é engessado em regras de comportamento, surge como fuga à aleatoriedade mordaz na vida do ente social.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Amo o Inimigo
Amo o inimigo pela doçura em meu ímpeto;
O opositor desgarra a via de qualquer plano à cegueira de si
E traz da criação indispensável
O desespero contra o tempo.
Amo o inimigo feito um irmão à nossa criancice,
Ludibriados pelo ciúme da preferência
E embriagados pela descoberta às dúvidas.
Amo o inimigo por estarmos sós em nosso plano
De sermos inimigos.
O opositor desgarra a via de qualquer plano à cegueira de si
E traz da criação indispensável
O desespero contra o tempo.
Amo o inimigo feito um irmão à nossa criancice,
Ludibriados pelo ciúme da preferência
E embriagados pela descoberta às dúvidas.
Amo o inimigo por estarmos sós em nosso plano
De sermos inimigos.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Imperativo Negativo
Não morra sem ter feito nada,
Não deixe o disfarce vencer,
Não seja outra alma salva
Da sede de sobreviver.
Não deixe o disfarce vencer,
Não seja outra alma salva
Da sede de sobreviver.
Morte Junina
Encontrando-a rendida ao mesmo ciclo,
Despida de si para ser o alimento,
Apenas saí quieto,
Sem me pronunciar,
Para outra vez não apostar no impossível.
Despida de si para ser o alimento,
Apenas saí quieto,
Sem me pronunciar,
Para outra vez não apostar no impossível.
sábado, 25 de junho de 2011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Ao Abuso Psicotrônico
Era perfeita,
Perfeitamente normal,
Um arquétipo social,
Uma beleza comum,
Uma família vulgar,
Uma vivência medíocre.
Perfeitamente normal,
Um arquétipo social,
Uma beleza comum,
Uma família vulgar,
Uma vivência medíocre.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
O Aspecto Doentio nos Modos
O modo sensual que convence a víbora é um embuste
E a fome em seu semblante também o é;
Colhe as cores menores que si por vergonha
A espalhá-las num cálice qualquer,
Num desejo encontrado ao acaso,
Numa descrição de alguém em desenho.
E a fome em seu semblante também o é;
Colhe as cores menores que si por vergonha
A espalhá-las num cálice qualquer,
Num desejo encontrado ao acaso,
Numa descrição de alguém em desenho.
Rumba Louca
Do jeito que andas,
Parecendo sincera,
Disfarças sem graça as tramas bem feitas pra tua quimera
Em ser cosmonauta
Vinda dum infinito
De poucas apostas dum dia sem graça e dum mito bonito
Que teima em estar vivo
E calar-se à gana
Da fome imposta ao sonho do puro chafurdando à lama.
Parecendo sincera,
Disfarças sem graça as tramas bem feitas pra tua quimera
Em ser cosmonauta
Vinda dum infinito
De poucas apostas dum dia sem graça e dum mito bonito
Que teima em estar vivo
E calar-se à gana
Da fome imposta ao sonho do puro chafurdando à lama.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
As Pedras do Rio
Dobrei o ouro em tuas palavras por acreditar
Que seria o aroma duma mentira cruel por inveja,
Porém queimou mais fértil do que o nosso pavor
Pelos brilhos breves de culpa em nosso amargurado algoz.
Então?
Que seria o aroma duma mentira cruel por inveja,
Porém queimou mais fértil do que o nosso pavor
Pelos brilhos breves de culpa em nosso amargurado algoz.
Então?
terça-feira, 21 de junho de 2011
Ponto dos Ciúmes
Para o meu homem eu vou me vestir de fogo
Como a verdade que habita o meu lugar
Com a minha dança eu quero levar o medo
De nessa vida para sempre o deixar
Por ser arisca demais pra qualquer descuido
Por ser mulher que tem sede de amar
Como a verdade que habita o meu lugar
Com a minha dança eu quero levar o medo
De nessa vida para sempre o deixar
Por ser arisca demais pra qualquer descuido
Por ser mulher que tem sede de amar
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Mapinguari
Se não estiver repleto de música,
Estará duma moléstia implacável
Mesmo que a divinização os deturpe mais,
Que o desarmamento os arme progressivamente com silêncio.
Estará duma moléstia implacável
Mesmo que a divinização os deturpe mais,
Que o desarmamento os arme progressivamente com silêncio.
Classificados: Religião
Procuramos indivíduos emocionalmente instáveis para programação sugestionada a fim de adequação à composição social vigente.
domingo, 19 de junho de 2011
Queda do Calendário
Chegado o tempo para repousos discretos,
Programados pela fome imediata,
O nosso colapso é mais providencial do que suspeitamos;
Nós não nos escolhemos,
Persistimo-nos cegos do todo
E que se foda o resto.
Programados pela fome imediata,
O nosso colapso é mais providencial do que suspeitamos;
Nós não nos escolhemos,
Persistimo-nos cegos do todo
E que se foda o resto.
sábado, 18 de junho de 2011
Covardia Curada com Gravidade
Intervalos de obscurecimento de porções consideráveis de massa ao ponto espacial de percepção dos catarrinos são tão estrondosos quanto uma possível prova cabal da existência de seus mitos, um fenômeno recorrente a qualquer escala fractal que assumem como fenômeno isolado e possível dádiva em sinal de manifestação metafísica para a ordenação de si diante de um desejo de um suposto poder superior exclusivo à sua concepção biocêntrica e egoísta de universo.
A Pobreza da Arte
Casei-me com a possível virtude da anomia sem querer,
Debruçado do alto dos montes de merda de gente a gritar descrições gélidas de tudo,
Pela fome intrépida da síntese de tudo
A desprezar a arte,
A cópia infiel do divino,
Do mito pífio,
Do cancro em seu arranjo final.
Debruçado do alto dos montes de merda de gente a gritar descrições gélidas de tudo,
Pela fome intrépida da síntese de tudo
A desprezar a arte,
A cópia infiel do divino,
Do mito pífio,
Do cancro em seu arranjo final.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
O Eterno Retorno do Banquete de Vitória
Por iniciar-te neste caminho de decisões estúpidas,
Amparado na carência de calores inatingíveis,
Suspeito da existência do erro.
Amparado na carência de calores inatingíveis,
Suspeito da existência do erro.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Além do Mundo
Há fome e solidão,
Tantas escolhas para a mudança,
Algo cabível,
Que nada cabe em si além do mundo.
Tantas escolhas para a mudança,
Algo cabível,
Que nada cabe em si além do mundo.
Sem Saída
A morte microscópica do macrocosmo crente em mitos imortais é uma ironia, talvez a epifania deste universo frágil e restrito à existência de primatas de comportamento coletivo semelhante ao vírus, persistindo na perpetuação do seu genoma em uma rua sem saída.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Até Amanhã
O amor se cansou de insistir
Em tentar provar existir,
Cansou-se de tanta ação
Descrevendo a impotência da razão.
Em tentar provar existir,
Cansou-se de tanta ação
Descrevendo a impotência da razão.
Acreditei na Morte
Eu não estive lá,
Mas de que importa se não sou eu aqui,
Não sou eu o fim?
Eu não fugi de mim,
Eu assumi o que era pra ser
E sem paz se foi.
Eu não fiquei ali,
Despedi-me sem a gana de ter
O que nunca foi meu.
Eu não fingi gozar,
Embriaguei-me e mal lembro do que aconteceu,
Mas só aconteceu.
Eu te incorporei sem que eu despertasse
E acreditei na morte.
Mas de que importa se não sou eu aqui,
Não sou eu o fim?
Eu não fugi de mim,
Eu assumi o que era pra ser
E sem paz se foi.
Eu não fiquei ali,
Despedi-me sem a gana de ter
O que nunca foi meu.
Eu não fingi gozar,
Embriaguei-me e mal lembro do que aconteceu,
Mas só aconteceu.
Eu te incorporei sem que eu despertasse
E acreditei na morte.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Linchamento
O som seco das pedras colidindo contra a pele desfazia o ladrão,
Compunha-o origem dos males e pragas,
Paixão das feras contra a raça humana...
E não era ódio naqueles rostos e vozes,
Mas satisfação,
Prazer primata.
Compunha-o origem dos males e pragas,
Paixão das feras contra a raça humana...
E não era ódio naqueles rostos e vozes,
Mas satisfação,
Prazer primata.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Corpo a Gritar Atenção
Pressuposta a diva em seu modo lânguido de dançar com os timbres,
Bastou o esfriar-se da paixão de carência;
Ainda não era aquilo,
Era mulher vulgar,
Desnaturada,
De sonhos esvanecidos
E corpo saudoso em ser bicho no cio.
Bastou o esfriar-se da paixão de carência;
Ainda não era aquilo,
Era mulher vulgar,
Desnaturada,
De sonhos esvanecidos
E corpo saudoso em ser bicho no cio.
domingo, 12 de junho de 2011
sábado, 11 de junho de 2011
Aquela Mulher
A minha rua se separa de ti,
Não entende a tua busca pela ordem que chamas liberdade,
Não se prende aos detalhes sublimes da mentira;
Anda vazia,
Alegra-se quando encontra um mendigo ou viciado
A trazer calor doente como se fosse o que pregas
Convicta do teu castelo de areia.
Não entende a tua busca pela ordem que chamas liberdade,
Não se prende aos detalhes sublimes da mentira;
Anda vazia,
Alegra-se quando encontra um mendigo ou viciado
A trazer calor doente como se fosse o que pregas
Convicta do teu castelo de areia.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Espetáculo para um só ladrão de si mesmo
Como lidei com esses ruídos até agora?
Feito um covarde:
Desviei-me ou tentei ignorar,
Fui egoísta aos seus apelos,
Roubei-os quando me calhou
E até me traí a enganar-me existi-los no tangível.
Feito um covarde:
Desviei-me ou tentei ignorar,
Fui egoísta aos seus apelos,
Roubei-os quando me calhou
E até me traí a enganar-me existi-los no tangível.
Cabeça a Prêmio
Não presenciou a calidez que aparentava
Pois era um homem destruído demais para aquilo,
Sujo e viciado em seus cigarros fétidos,
Fraco e controlado por seus sonhos inexplorados
A ouvir os riscos das turntables de duas décadas atrás.
Pois era um homem destruído demais para aquilo,
Sujo e viciado em seus cigarros fétidos,
Fraco e controlado por seus sonhos inexplorados
A ouvir os riscos das turntables de duas décadas atrás.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Desmembrado
Sempre por engano lhe encontro na saudade que inventei
A gritar submerso em meu peito aberto feito uma ilusão
Que foge da lamúria cansada de existir no vínculo semântico dos imbecis,
Mas não se abafe,
Estou aqui até não sei quando,
Até não sei onde,
Só pela sua respiração.
A gritar submerso em meu peito aberto feito uma ilusão
Que foge da lamúria cansada de existir no vínculo semântico dos imbecis,
Mas não se abafe,
Estou aqui até não sei quando,
Até não sei onde,
Só pela sua respiração.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
A Mão Masturbadora da Matriz
A chave para a construção duma sociedade digital de sucesso está em tornar a mediocridade de qualquer indivíduo célebre, fazer da imagem desimportante e das opiniões vulgares do autor algo que caracterize a experiência da constante análise e crítica externa mesmo que se trate dum sujeito desprezível, um ser cotidiano replicado das programações sociais a partir da cultura. Além da facilidade de uso, o minimalismo se propõe indispensável para que a interação se concretize, em pacotes pequenos de composição e interpretação, em detrimento do nivelamento de uso pelo mínimo de educação dos usuários e não pela sua média harmônica.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Quase Sempre Cega
Se fosse só mentira eu entenderia
Por que se vende nua em sua alegria
Ao abraço sincero deste silêncio,
À força prepotente deste elogio.
Se a agonia move o seu desejo
Além do arrepio dum simples beijo
Não faço parte do que se repete
Trêmulo de medo num corpo inerte,
(...)
Pois caminha induzida ao cunho sagrado
Da dor da coisa crua e cheia de luz
Derramada à foz deste mar amargo,
(...)
Insulta a própria pele a negar a praga
Munida da rosa e viva na cruz,
Crivada à bala e quase sempre cega.
Por que se vende nua em sua alegria
Ao abraço sincero deste silêncio,
À força prepotente deste elogio.
Se a agonia move o seu desejo
Além do arrepio dum simples beijo
Não faço parte do que se repete
Trêmulo de medo num corpo inerte,
(...)
Pois caminha induzida ao cunho sagrado
Da dor da coisa crua e cheia de luz
Derramada à foz deste mar amargo,
(...)
Insulta a própria pele a negar a praga
Munida da rosa e viva na cruz,
Crivada à bala e quase sempre cega.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Samba dum Fôlego Só
Ela é da Gávea e eu das Laranjeiras,
Ela faz sentido e eu não sei o que fazer,
Ela é dançarina e eu só sei asneiras,
Ela faz teatro e eu me equivoco sempre que eu tento entender,
Ela é morena e eu não sei o que sou,
Ela é tentadora e eu só tento existir,
Ela é amada e eu só tenho amor,
Ela não disfarça e eu só me impressiono a vendo partir.
Ela faz sentido e eu não sei o que fazer,
Ela é dançarina e eu só sei asneiras,
Ela faz teatro e eu me equivoco sempre que eu tento entender,
Ela é morena e eu não sei o que sou,
Ela é tentadora e eu só tento existir,
Ela é amada e eu só tenho amor,
Ela não disfarça e eu só me impressiono a vendo partir.
domingo, 5 de junho de 2011
Contradição
Ao derradeiro sonho da maldade que viveu por pouco mais que do que o amor
Ardeu no tom covarde da mentira lida que o denunciou
No posto de herói caído ao fracasso de ver o belo onde só há a redenção
De todo o repugnante a assassinar os fins de quem o fez imortal.
Ardeu no tom covarde da mentira lida que o denunciou
No posto de herói caído ao fracasso de ver o belo onde só há a redenção
De todo o repugnante a assassinar os fins de quem o fez imortal.
sábado, 4 de junho de 2011
Muito Obrigado
Às vezes parece que és o medo talhado com sono em minha voz, enrouquecendo a malícia de ser em breves estalos lancinantes, mas obrigado pela delicadeza, agradeço pelo beijo envenenado de tua lamúria, pelo olhar de lágrimas pesadas e corrosivas, pelo calor que destruiu a minha vida.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
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